‘Baby’, de Marcelo Caetano, estreia na TV com narrativa queer premiada

Neste sábado, 29 de março, às 22h30, o Canal Brasil exibe pela primeira vez na televisão a premiada coprodução “Baby”, dirigida por Marcelo Caetano. Em seguida, às 0h10, vai ao ar o também aclamado “Corpo Elétrico”, primeiro longa-metragem do cineasta mineiro.

“Baby” narra a trajetória de Wellington (João Pedro Mariano), um jovem recém-liberto de uma detenção juvenil que, perdido, conhece Ronaldo (Ricardo Teodoro), garoto de programa que o introduz a novos meios de sustento. Com o tempo, o vínculo entre eles se transforma em uma relação intensa marcada por desejo, proteção, conflitos e cumplicidade.

O elenco traz ainda Bruna Linzmeyer, Ana Flavia Cavalcanti e Luiz Bertazzo. O longa mergulha nas ruas do centro de São Paulo e reflete sobre as múltiplas formas de família e afeto na comunidade LGBT+.

Premiado em diversos festivais, “Baby” teve estreia mundial no Festival de Cannes (2024) e já foi exibido em mais de 50 festivais internacionais, recebendo prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino, Melhor Ator (para João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro) e Melhor Roteiro.

A exibição no Canal Brasil acontece após o lançamento nos cinemas brasileiros em janeiro de 2025. O filme segue em turnê por países como França, Alemanha, Suíça, Holanda e República Tcheca.

“É muito bom ver o interesse do público pelo cinema brasileiro despertado mundo afora. As pessoas estão curiosas para saber como está nossa sociedade neste momento de polarização política e de endurecimento do discurso contra as minorias, em especial a comunidade LGBT+”, afirma Marcelo Caetano.

Exibido logo após “Baby”, o longa “Corpo Elétrico” acompanha Elias (Kelner Macêdo), jovem paraibano que trabalha como assistente em uma confecção no centro de São Paulo. Enquanto tenta equilibrar as exigências do trabalho com a vida afetiva e sexual, Elias atravessa reflexões sobre pertencimento, liberdade e o futuro.

Inspirado em poema de Walt Whitman, o filme constrói um retrato poético e cotidiano da juventude LGBT+ urbana. A produção recebeu o Prêmio Maguey de Melhor Filme no Festival de Guadalajara (México) e foi premiado também na APCA e em festivais na Espanha.

Via MundoMais

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