O cantor porto-riquenho Ricky Martin usou da sua visibilidade para atentar a uma regra no mínimo contraditória e preconceituosa: LGBTs não podem doar sangue. Nem mesmo para as mais de 50 vítimas do massacre, que matou outros 50 LGBTs em um clube de Orlando, nos Estados Unidos no domingo (12).
“Hospitais em Orlando precisam desesperadamente de sangue para salvar as vítimas do ataque, mas como um homem gay eu não posso doar”, escreveu o artista no seu Twitter.
Ricky, que neste ano participou do tradicional jantar da AMFAR, fundação que pesquisa a cura e prevenção do HIV/AIDS, usou ainda uma hashtag para pedir que o órgão regulatório responsável da doação da comunidade GBT acabe com a proibição.
Logo após o massacre, mais de 600 pessoas estiveram no centro de doação de sangue One Blood na Flórida. Mas as autoridades, que pediam para que as pessoas fossem doar sangue, anunciavam que rejeitavam a doação de sangue de homens gays e bissexuais, travestis e mulheres transexuais que estavam na fila.
Há campanhas em vários lugares do mundo para que a restrição caia. Até porque um estudo da Universidade da Califórnia informa que, se gays pudessem doar sangue, o aumento anual de doações seria de 2% a 4%. E que 1,8 milhão de vidas poderiam ser salvas.
Via MundoMais