Daniel Radcliffe veio a público nesta terça-feira (01/11) para explicar o motivo de ter escrito uma carta aberta se posicionando contra os discursos transfóbicos de J.K. Rowling, criadora da franquia “Harry Potter“, em 2020. De acordo com o ator de 33 anos, ele sentiu a necessidade de deixar claro que não concorda com as falas da autora.
“A razão pela qual me senti muito, muito como se eu precisasse dizer algo quando o fiz foi porque, particularmente, desde que terminei [a saga] Harry Potter, eu conheci tantas crianças e jovens queer e trans que tinham uma enorme identificação com Potter nisso”, explicou o ator em entrevista ao IndieWire. “Então, vendo essas pessoas machucadas naquele dia, eu queria que elas soubessem que nem todos na franquia se sentiam assim. E isso foi muito importante“, acrescentou ele.
Na época, Radcliffe publicou a sua carta no site do The Trevor Project, organização sem fins lucrativos que atua nos esforços de prevenção do suicídio na comunidade LGBTQIA+. “Foi muito importante porque trabalhei com o Trevor Project por mais de 10 anos, então acho que não conseguiria me olhar no espelho se não tivesse dito nada. Mas não sou eu quem adivinha o que se passa na cabeça de outra pessoa“, concluiu ele.
O ator não foi a única estrela de “Harry Potter” a se manifestar contra a autora. Vários outros membros do elenco também fizeram declarações similares. Mais recentemente, o ator Tom Felton, que interpretou Draco Malfoy nos filmes, procurou distanciar a franquia cinematográfica da figura de Rowling. “Sou pró-escolha, pró-discussão, pró-direitos humanos em geral e pró-amor. E qualquer coisa que não seja essas coisas, eu realmente não tenho tempo para isso”, disse Felton ao jornal The Independent.
“É também um lembrete de que, por mais que J.K. seja a fundadora dessas histórias, ela não fez parte do processo de filmagem tanto quanto algumas pessoas podem pensar. Acho que só me lembro de vê-la uma ou duas vezes no set“, explicou o ator.
Via Pheeno