Um dos primeiros médicos a tratar pacientes com HIV no Brasil e voluntário em cadeias há mais de 30 anos, o médico Drauzio Varella mostrou, em uma reportagem especial no “Fantástico” deste domingo (01/03), a triste realidade de mulheres transexuais presas em penitenciárias masculinas.
Em um dos momentos mais tocantes, Drauzio pergunta a Susy de Oliveira Santos, 30 anos, qual foi a última vez que ela recebeu uma visita. Susy responde que foi há uns sete ou oito anos. O silêncio que vem a seguir é quebrado por Drauzio que diz “Que solidão né, minha filha”. “Bastante… Bastante”, concordou a presidiária, com os olhos cheios de lágrimas. Ainda na reportagem, ela comentou a respeito da dificuldade de uma transexual conseguir itens básicos para viver com alguma dignidade atrás das grades.
“Na cadeia você é obrigada a se prostituir por uma pasta de dente, um sabonete, um prato de comida”, explicou Susy, que hoje trabalha como operária na produção de componentes de borracha no presídio. Nas redes sociais, a repercussão do assunto continua e está sendo bem positiva.
“Drauzio Varella, o senhor é sensacional”, escreveu dos milhares de internautas, que se emocionaram e exaltaram a importância do médico para o país. “Há muitos anos, Drauzio Varella trata como GENTE os cidadãos mais marginalizados da sociedade. Sempre foi um homem à frente de seu tempo”, disse outro.
Via Pheeno