Celebrando o Dia Mundial Contra a AIDS o documentário “Carta para Além dos Muros” chega às plataformas digitais.
Com o objetivo de ampliar o acesso ao documentário, que narra a trajetória da epidemia que escancarou ignorância e preconceitos, após ser exibido nos cinemas de 13 capitais do Brasil, “Carta para Além dos Muros” chega às plataformas de streaming Netflix, Now, Vivo Play e Oi Play, em celebração do Dia Mundial Contra a AIDS (01/12).
Dirigido por André Canto, o filme narra a evolução do vírus HIV no Brasil ao longo de 3 décadas e mostra os estigmas impostos pela sociedade a quem vive com o vírus.
“Carta para Além dos Muros” investiga a discriminação como produto de uma sociedade que insiste em manter marginalizadas as pessoas portadoras do HIV. Mesmo depois de 30 anos da descoberta do vírus, muitas pessoas ainda enfrentam situações de medo, insegurança e exclusão.
O primeiro documentário a refazer a cronologia do HIV e da AIDS no Brasil, encabeça o projeto #PrecisamosFalarSobreIsso, que também conta com uma série em formato de comentário para a TV e um livro-reportagem que conta seu processo de pesquisa e realização.
No filme, Caio conta sobre quando descobriu que era portador do HIV, quando começou a enfrentar seus próprios fantasmas, além do preconceito da família e da sociedade em geral. Usando o depoimento de Caio como ponto de partida, o filme passa a intercalar imagens de arquivo e entrevistas com médicos, pessoas que vivem com HIV, ativistas e figuras públicas, não só para contar a história do HIV e da AIDS no Brasil, mas também para investigar o processo de construção do preconceito e estigma que ainda hoje recaem sobre todas as pessoas que vivem com o vírus.
O preconceito é tão latente que, ainda hoje em dia, um dos principais estigmas do vírus é ser chamado de “peste gay”, termo ao qual foi associado na época do seu surgimento, passando pela classificação de “grupos de risco” aqueles que têm o vírus, até o sensacionalismo de parte da imprensa, além dos julgamentos morais e religiosos.
Foram colhidos 36 depoimentos pra montagem do documentário, entre os entrevistados estão o Dr. Dráuzio Varella, que encabeça a lista de entrevista para o filme. Além dele, os ex-ministros da Saúde José Serra e José Gomes Temporão, a cineasta e ex-VJ Marina Person, a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, e os médicos Ricardo Tapajós, Rosana Del Bianco e Valéria Petri, que identificou o primeiro caso de AIDS no Brasil, expõem os motivos pelos quais a impressionante evolução na resposta médica e científica ao HIV não veio acompanhada de uma mudança de mentalidade e de preconceitos em relação à infecção.
Via Pheeno