“Eu quero ficar só”, demandou Greta Garbo certa vez. Essa é a frase de conexão entre a icônica atriz americana e o grande ator brasileiro Marco Nanini, protagonista do filme “Greta“. O filme estreia hoje, 31/10 e aborda assuntos como os desejos e a sexualidade de um setentão homossexual, sedento por amor, mas disfarçado de anseio por solidão.
O roteiro é livremente inspirado na peça “Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá”, do dramaturgo Fernando Melo, lançada no início dos anos 1970 - período de ditadura militar no Brasil. A obra abusa do deboche e representa o gay de forma caricata, talvez numa tentativa de escapar da censura da época.
Mas o diretor e roteirista cearense Armando Praça, que assina agora seu primeiro longa metragem, optou por dar outro rumo para a história, confrontando o lado cômico.
“Quando vi uma montagem da peça, não me senti confortável em ver as pessoas rindo. Achei que isso estava mal colocado na leitura atual. Para mim era importante a gente olhar os personagens com empatia, solidariedade e retratar uma vida vivida com dignidade“, argumentou durante a coletiva de imprensa em São Paulo.
Via Hypeness