Jim Cheung, um dos autores do livro “Vingadores, a cruzada das crianças” (Salvat), comentou nesta sexta-feira (6) sobre o pedido do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, para recolher exemplares da obra na Bienal do Livro.
Cheung disse em seu perfil no Instagram que “só mostrou um momento de carinho de dois personagens”, falou que está “surpreso” com o pedido e afirmou que “a comunidade LGBTQ está aqui para ficar”.
“Foi com muita surpresa que soube hoje que o prefeito do Rio de Janeiro decidiu proibir a venda do meu livro (com Allan Heinberg), “Avengers: The Crusade Children”, por ter suposto material inapropriado.
Para quem não conhece o trabalho de 2010, a controvérsia envolve um beijo entre dois personagens masculinos.
Não sei o que levou o prefeito a ir atrás de uma obra com quase uma década e que já estava à venda há muitos anos, mas posso dizer honestamente que não havia motivação ou projeto oculto por trás da obra para promover um estilo de vida específico, nem no direcionamento a um só público.
Como artista, minha paixão é contar histórias; histórias de grande heroísmo, compaixão e amor, com personagens tão autênticos e diversos quanto possível. Personagens que retratam todos os estilos de vida e cores, sejam pretos ou brancos, marrons, amarelos ou verdes.
O fato de este livro, de quase uma década atrás, estar agora sendo destacado pelo prefeito talvez apenas mostre como ele pode estar fora de contato com os tempos atuais.
Espero que o povo bonito do Brasil, nação maravilhosamente diversa e orgulhosa, enxergue além desse “barulho” político e foque na luz e nas maneiras de se unir, em vez de ajudar a plantar as sementes do conflito e da divisão”.
Via G1