Na semana passada um documentário importantíssimo surgiu nas redes sociais. Num formato independente, esteticamente simples e naturalmente questionador, “Bicha, o documentário” é um filme necessário para pais, mães, adolescentes, héteros, homofóbicos e principalmente para nós, os gays.
O documentário é um chamado para a essência dos homossexuais, um grito (daqueles bem dados) para esclarecer quem dita as regras de como lidar com quem você realmente é. É um espelho que precisamos olhar.
O reforço da palavra “Bicha” no título tem o intuito de dar um novo significado ao peso que ela deposita em quem a ouve: a liberdade de ser o que somos.
Feito com depoimentos de jovens gays, o documentário promove o auto-amor a partir do ruído do preconceito dos outros, da interferência normativa que a sociedade (ou o modelo da família brasileira) insiste em replicar nas gerações. Para os depoentes, ouvir alguém dizer que você é bicha já não pode mais doer dentro de nós: essa palavra tem que nos tornar mais fortes.
Mais do que o ativismo da iniciativa de um trabalho que aborda esse tema, “Bichas” ainda faz um serviço extra a comunidade gay heteronormativa: ele desconfigura o preconceito do “ser feminino” num corpo masculino e anula (com humor) todos os atributos que esse preconceito gera. Fácil e sem culpa, como quem estala os dedos e diz: “sou bicha sim, e daí?!”
Veja o doc clicando no play logo acima!
Texto: Equipe Manhunt
